14.4.16

A menina que conheço



Julgou, julgou, julgou, julgou até que um dia cansou?Ou será que caiu na sua armadilha?De tanto julgar, julgada foi. Que tormento! Era de se imaginar. Apontou, falou, brigou, gritou, tremeu e sozinha engoliu o choro. Aprendeu a ser forte ou é só fingimento? Pasmem! Pela primeira vez, palavras faltaram. Justo para ela. Logo você que não para quieta, se aquietou. Tudo estranho ficou, está, mudou. E agora? Já que palavras não há para essa pequena se expressar, tentar, insistir ou apenas deixar passar? O que fazer com ela, que pensa e fala, e fala, e fala e pensa e mais uma vez fala e outra vez pensa. Você pensa tanto que às vezes enlouquece e se cala. Se cala porque não chega a nenhuma conclusão, ou chega, mas melhor não... 

Estranho diriam, já dizem, já perceberam. Ah, minha amada, se eles soubessem que esse silêncio é o seu refúgio e aquela fala a sua morte. Morre em silêncio a cada dia, vibrou de alegria quando notou que o silêncio não fere. Olha que ironia! Justo você a menina mais faladeira que conheço. Você fere sem querer ser ferida, entretanto conhece aquele ditado "quem com ferro fere com ferro é ferido". O silêncio não fere, mas afasta, distancia, apaga a brasa, visto isso, então dá-lhe palavras. Como lidar com essa briga interna? Ora fala, ora se cala. Se fecha no seu silêncio porque conhece os desafetos das palavras. De vez em quando escreve bonito, com a alma. Espera aí. Então, quer dizer que por algum momento suas palavras podem trazer beleza, refúgio, alegria? Quem entende? Quem a entende? Nem eu, nem ela, nem você.

Ah, minha pequena..

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Me conta sua experiência ao ler esse post. Com muito amor, por favor :)

© Todos os direitos reservados- Depois do começo - 2014 Criado por: Verena Santana - Tecnologia do Blogger.