25.3.15

Duas elas

Nunca entendi muito bem como algumas pessoas conseguem ser tão relaxadas. Aqui, a coisa sempre foi: Ei, coração, que sentimento é esse? Vamos parar! Por favor, ele não. Nem esse outro aqui, muito menos aquele ali. Chance para o destino? Que mané destino. Destino é coisa inventada e eu não canso de repetir isso. Eu escolho como será o meu futuro, sou a única responsável pelos meus sorrisos e minhas lágrimas.  Como uma boa leonina tendo a ser uma bela controladora e uma autoritária nata. Gosto de tudo do meu jeito, da minha maneira. Se não for? Pegue suas coisas e vá embora. Eu não preciso de ninguém, afinal, sozinha eu sou melhor. Sabe essa história de amor?  É coisa inventada para acreditarmos no melhor das pessoas, sinceramente, comigo não rola. As pessoas são falsas, ruins e só estão ao seu lado por interesse. 




Insegura e medrosa. Isso é o que eu sou. Tenho um coração gelado que sonha em ser esquentado, convicções erradas e ideais malucos. A verdade é que eu tenho medo de gostar demais, de sonhar, de fazer planos para depois quebrar a cara e sofrer. Essa história de se ser sempre dois me assusta. Preciso gritar para o mundo as minhas conquistas para que talvez isso preencha o vazio aqui dentro.  Me afasto das pessoas para que não vejam a bagunça que sou.  Às vezes me pergunto onde aprendi a mentir tão bem porque as pessoas sempre acreditam no meu discurso de que amor é coisa inventada. Sinceramente? Nem eu acredito que essas palavras saem da minha boca. A verdade é que viver sem amor é frio e escuro e eu amo coisas quentes e claras, mas eu tenho medo, muito medo do calor impregnar no meu corpo e a luz cegar a minha visão. Já me falaram que sou uma grande mulher, mas talvez eu só seja uma medrosa mentirosa. 



© Todos os direitos reservados- Depois do começo - 2014 Criado por: Verena Santana - Tecnologia do Blogger.